Experiências e comunidades

O que faz uma experiência social ser realmente transformadora?

"Design de Experiência pode ser definido como a criação de experiências para fins de entretenimento, persuasão, recreação ou enriquecimento humano onde a jornada emocional do indivíduo ou de um grupo é o foco." Ida Benedetto

Você já parou para pensar nas experiências que você guarda na sua memória?

Aquele caso que você conta de novo e de novo de uma experiência que te marcou, transformou, emocionou, tocou. Às vezes só de sentir um cheiro você já é transportado de volta para aquele momento. Ou uma música, um som, uma imagem. Provavelmente você pensou em várias lembranças agora mesmo.

Geralmente as experiências que ficam na nossa memória são aquelas que acessam nossas emoções. Muitas vezes isso acontece ao acaso. Mas muitas vezes esse tipo de experiência que nos toca e nos transforma foi pensada e desenhada intencionalmente para isso.

Imagina só, se você tivesse o poder de desenhar uma experiência que te tornasse mais propício a conhecer uma pessoa que viria a se tornar melhor amiga? Ou te tornaria mais aberto para se apaixonar? Ou simplesmente a transformar seu estado de desânimo em animação que você leva por dias e te torna mais criativo, perceptivo, vivo.

A boa notícia é que você pode. Inúmeros experimentos já foram feitos por pesquisadores que encontraram padrões nas experiências que nos transformam e nos conectam. E eu acho que se mais pessoas soubessem disso, teriam o poder de tornar suas vidas muito mais significativas e construir comunidades vibrantes.

Um bom exemplo de experiências que criam comunidades é o Sofar Sounds, um movimento global que traz de volta a magia da música ao vivo. Ou o Daybreaker, uma comunidade criada pela Radha Agrawal que gira em torno de uma festa dançante matinal sóbria. Ou o Sextantworks, criado pela Ida Bedenetto, que desenhou experiências em lugares que você não deveria estar.

Às vezes basta uma boa experiência para criar uma comunidade.